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terça-feira, 16 de junho de 2015

Viver é inventar a vida.Uma visão revista e ampliada

Jane Maiolo(*)
Jales/São Paulo

"Caindo em si, ele disse: ‘Quantos empregados de meu pai têm comida de sobra, e eu aqui, morrendo de fome! Lucas 15:17

Os paradigmas sempre existiram e sempre hão de existir.Buscando uma definição precisa recorremos ao aurélio que diz: – paradigma é modelo, padrão. Conjunto de crenças e conceitos, muitas vezes de natureza inconsciente, em que se baseiam as atitudes e os comportamentos de um grupo social.
Um dos mais antigos paradigmas que fora quebrado ao longo da história, foi em relação ao mundo plano que vivíamos e que  nos elegemos o centro do universo.Pobre, ledo e presunçoso engano.
Nicolau Copérnico,astrônomo e matemático polonês, foi um  homem corajoso e audacioso de sua época, que não teve medo de perder sua cabeça e se expôs de tal maneira que modificou , com sua descoberta, toda a filosofia, religião,astronomia, matemática , literatura, enfim toda a estrutura do pensamento universal ao declarar seus estudos sobre o heliocentrismo.
Não muito tempo se passou outros paradigmas foram quebrados e não vivemos  mais em um mundo sólido, como afirmavam os físicos modernos. Vivemos  em um mundo composto por  átomos, moléculas, elementos e compostos ,partículas que se dividem e se transformam a todo o instante.
A solidez do nosso mundo desapareceu . Surge então na nossa mente , a necessidade de conceituar o homem moderno. Um ser esquisito, neurótico, consumista, ansioso, insatisfeito, inconcluído e  por vezes feliz.
Não é de estranhar que nossa sociedade seja tão confusa, nossos conceitos, nossos valores mudam alternadamente e ora somos bons ora somos maus.Ora somos felizes, ora somos tristes.Somos todos tão pródigos.
Acredito que as mudanças sejam positivas, mas há de se achar um caminho para  o homem moderno se situar e retornar para a segurança da Casa do Pai.
As relações humanas tendem-se a  estreitar para que a sociedade  possa ser mais justa e solidária. O binômio sociedade e solidariedade deverão ser compatíveis.
Garimpar as riquezas do ser humano é buscar material sólido para nos ancorar em um mundo complexo e inconstante como o nosso. Isso é fundamental para a nossa existência enquanto coletividade.
Espero que esse Ser incrível, incansável e lutador que é o Ser humano deva surgir nas civilizações futuras .
O sofrimento e medo advindos de nossas buscas constantes não servirão como instrumentos para nossa evolução, ao contrário disso, nos deixarão mais irritados, desesperançosos e até mesmo revoltados, pois quase sempre não aceitamos as dificuldades que muitas vezes passamos.
O que nós seres humanos estamos querendo desse mundo?
Quais as reais necessidades da nossa busca?
Quais as saídas viáveis que temos para conviver em tão  avassaladora sociedade?
A neurose é crescente, o sofrimento é explícito, ai de nós pobres mortais que ainda não conseguimos agir sobre os mais profundos paradigmas do nosso ser!
A hora é chegada, é preciso encarar os fatos, as perturbações que envolvem o nosso ser e buscar o equilíbrio entre o consciente e o inconsciente.
Quebrar paradigmas, buscar soluções alternativas para viver melhor, creio seja a única saída do homem moderno.
Quando se chega aos 30 descobre-se porque a atividade física é importante e não apenas estética , aos 40 percebe-se  a magnitude da vida, aos 50 apesar de tudo, a vida pode ser bela e daí por diante, seja o Deus quiser.
O homem moderno nunca esteve tão doente e não culpem mais Adão e Eva por nossas reais desgraças. Isso já não nos cabe mais.
Os sufixos ose , ite, ismo nunca tiveram tanto em voga .
Adoecemos muitas vezes por falta de “senso de vida saudável”. O excesso de trabalho, o mundo cruelmente competitivo, o consumismo insano e outras neuras faz de nós os sofredores do momento.Nunca estivemos tão  distantes de Deus.
A religiosidade precisa ser regatada , vivenciada e sentida.Reconhecer nossa fragilidade enquanto criaturas pode ser o indício desse retorno a “Casa Paterna”.
É necessário ensinar o homem moderno a desvendar-se, a conhecer-se, pois em toda a parte a crise é inquietante, o mal- estar ronda as mais variadas classes sociais e nos sentimos acuados diante de um mundo criado e conceituado por nós mesmos.
Para melhorar a condição de vida é preciso agir sobre a inteligência e consciência pois somente nós poderemos traçar destinos gloriosos. Devemos ser seres viventes , jamais sobreviventes.
É imperioso que comecemos a trabalhar por nós, quebrando velhos paradigmas, reavaliando nossos conceitos, atribuindo valores positivos a nossa vida. Resta-nos apenas conquistar a nos mesmos, desvendar os segredos guardados n`alma para que o futuro nos reserve apenas satisfações.Talvez seja momento de reconhecermos filhos de Deus e usufruir dessa herança divina de maneira consciente.
Faze o teu  melhor hoje. Trabalhe por ti, assim tua tarefa é fazer-te conscientemente feliz. Talvez ainda ouviremos: “Vamos fazer uma festa e comemorar.
Pois este meu filho estava morto e voltou à vida; estava perdido e foi achado’. E começaram a festejar.”

Evangelho de Lucas 15:23

*Jane Maiolo – É professora de Ensino Fundamental, formada em Letras e pós-graduada em Psicopedagogia. Dirigente da USE Intermunicipal de Jales. Colaboradora da Sociedade Espírita Allan Kardec de Jales. Pesquisadora do Evangelho de Jesus. Colaboradora da Agenda Brasil Espírita- Jornal O rebate /Macaé /RJ – Jornal Folha da Região de Araçatuba/SP -Apresentadora do Programa Sementes do Evangelho da Rede Amigo Espírita. janemaiolo@bol.com.br -

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