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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

CONVERSA DE AMIGO, UM ALERTA!


José Sola
São Paulo
Amigo, 

José Sola

Amigo Amigo,
Desejo agradecer-lhe o estimulo que nos esta oferecendo nesta labuta em que nos demoramos, no intento de preservar a pureza doutrinaria do espiritismo, alias entendo que você esta incluído nesta, é parte integrante desta peleja, pois não propomos aqui uma guerra santa, pedindo a destruição dos autores, e tampouco estamos pedindo se ascenda uma fogueira em praça publica para queimarmos as obras escritas pelos mesmos, somente pedimos as casas espíritas não divulguem estas obras, e você concorda que não devemos divulga-las, e se as colocarem nas estantes das bibliotecas, para venda, ou para empréstimo, estarão fazendo esta divulgação.
Você apresenta uma possibilidade louvável, permitir a venda, ou o empréstimo das mesmas, entretanto, para isto, estaríamos a apresentar uma nota, explicando as possíveis falhas que as mesmas apresentam, sua ideia é louvável, mas estas notas, referindo os equívocos que estas contém, só poderia ser feito por representantes da Federação Espírita Brasileira, em comum acordo com as federações filiadas, ou pela USE, por uma comissão definida, e devidamente preparada para isto, e acredito mesmo que alguns representantes das casas espíritas, deveriam participar, em que os membros dessa comissão, fizessem o bom uso da lógica e da racionalidade, não é algo que as diretorias das casas espíritas deveriam realizar, pois nem sempre as casas espíritas arregimentam valores apropriados para a realização desta analise critica, e mesmo porque, seriam opiniões das mais variadas possíveis, alguns estariam validando mesmo essas obras, como tem acontecido.
E se você parar para prestar atenção, esta atitude, não deixa de ser um julgamento analítico, e critico mesmo, então já que as mesmas estarão passando por este julgamento, em que estaremos apresentando argumentos que mostram os equívocos que contrariam os postulados da doutrina espírita, para que coloca-las em nossas estantes junto as obras legitimamente espíritas, para arrecadarmos fundos para as nossas instituições?
Amigo, você nos informa e com muita propriedade em seu texto, que colocar essas obras em nossas prateleiras para vender, seria o mesmo que colocar cachaça, ou outro tipo de droga qualquer, a venda para arrecadarmos lucros, e eu concordo - não que me sinto no direito de julgar que essas obras são uma droga – mas, realmente as mesmas são nocivas ao espiritismo, pois desvirtuam a ordem, o bom senso, a lógica que as legitimas obras espíritas, apresentam a seus adeptos, e para aqueles que neófitos sejam, ingressando nas lides espíritas, as mesmas são prejudiciais, pois que quem esta iniciando não tem discernimento adequado para definir o que verdadeiramente seja espírita.
Amigo você que é um pai de família respeitável, digno, estaria colocando na prateleira de sua casa, qualquer tipo de droga, sabendo como sabe que estas destroem a saúde física e moral do individuo, a pretexto de que seus filhos necessitam viver todo tipo de experiências?
Eu tenho a certeza que não, pois você sabe que tomando esta atitude, estaria apresentando a seus filhos a possibilidade de se corromperem, são crianças, ou adolescentes, seres ainda sujeitos, a curiosidade, e sem a devida maturidade para discernir as consequências que as drogas causam ao ser humano, e importa lembrar que não necessitamos fazer o uso das drogas, para sabermos do efeito desastroso que a mesma causa a quem a utiliza, basta apreciarmos os efeitos que estas têm causado a seus usuários.
Em se tratando dos livros contrários aos postulados da doutrina espírita, as coisas não diferem, temos aqueles que estão iniciando nos conhecimentos doutrinários do espiritismo, que podemos em analogia compara-los a crianças ou adolescentes, se lhes apresentarmos obras que adulteram a verdade doutrinaria do espiritismo, colocando-as nas estantes de nossas bibliotecas na casa espírita, os mesmos vão entender que estas obras são boas, pois nós as estamos expondo, em outras palavras, estamos expondo o joio junto com o trigo, e como eles não sabem o que é joio e o que seja trigo, vão ingerir a ambos, sem se aperceberem que estão ingerindo um alimento impuro, e infelizmente os efeitos produzidos será a indigestão, em que estes espíritos se demoraram, sofrendo dos males da ignorância que lhes desviaram as mentes por caminhos insertos, por um vasto período de tempo.
E quanto ao fazer você referencias a intolerância da igreja católica, coibindo seus adeptos de lerem, de apreenderem, de conhecerem outros princípios, o lembro de que a igreja católica proibia o estudo de qualquer obra, mesmo em não se tratando de estudos religiosos, pois pretendiam manter a ignorância de seus adeptos, na intenção de amedronta-los com a ideia do inferno eterno, então não proibiam apenas os estudos religiosos,  mas também dos científicos, deixando de passar aos seus seguidores, qualquer tipo de informação, era expressamente proibido a aquisição de qualquer conhecimento, quem se aventurasse  a fazê-lo, era queimado na fogueira.
Mas não é isto que acontece, ou que estamos pedindo aconteça com o espiritismo, pois o espiritismo não nos proíbe de estudar, nos incentiva mesmo a que o façamos, e não nos proíbe de lermos nenhuma obra, independente que obra seja, nos explicita que temos o livre arbítrio, mas não deixa de orientar-nos de forma correta, para que tenhamos condições de discernir o joio do trigo, entretanto, eu não entendo de que, por termos o direito de ler tudo, de conhecer outras obras, devamos confundi-las, apresenta-las como se fossem espíritas, meu amigo, o que faltou a igreja católica em seus primórdios, foi este discernimento em que nos demoramos, apreciando tudo o que é escrito pelos homens e pelos espíritos, a luz da lógica e da razão, aceitando apenas o que responda a esses parâmetros de aferição, e posso te afirmar com certeza, de que se os pais igreja católica, não se houvessem corrompido em busca do poder temporário, e das riquezas efêmeras da terra, não haveria acontecido à intolerância e a morte na sustentação de seus interesses mesquinhos, pois estes homens nunca se preocuparam com a verdade, não foram intolerantes para defender os ideais de Jesus, mas para resguardar seus interesses mesquinhos, e não é isto que vivemos na doutrina espírita, e nem estamos propondo, desenvolvermos no meio espírita, a intolerância, mas o discernimento.
E quanto a Kardec meu amigo, com certeza não estaria aprovando essa miscelânea em que procuram transformar o espiritismo, sim ele nos pede para que conheçamos tudo, pois para opinarmos a respeito de alguma coisa, se certa ou errada, temos que ter o conhecimento de causa para fazermos tal julgamento, mas com certeza estaria como o estará quando reencarnar, sabendo postar cada ideologia religiosa em seu devido lugar, mantendo a pureza e a lidimes do espiritismo, não tenha duvida disto amigão.
Então meu grande amigo, sejamos tolerantes, fraternos, e irmãos de todos aqueles que professam outra crença religiosa, mas sejamos sinceros em nossos propósitos doutrinários, vamos manter o espiritismo, lidimo e puro, tal qual Kardec nos legou, pois eu não entendo como intolerância a honestidade, e a clareza de raciocínio, a pretexto de sermos simpáticos aos que manifestam essas intenções, o que nos sucede é que nos tornamos levianos em nossas atitudes, e acabamos abrindo campo às entidades infelizes que pretendem desmoralizar a doutrina espírita, pois se permitirmos transformem o espiritismo, nessa miscelânea  que estão desejando, teremos de futuro, mais uma religião, como aconteceu ao catolicismo, que é hoje uma sociedade forte, mas que não responde a moral evangélica do Cristo, não responde a alma sedente de conhecimento e de amor.
Concluindo, devemos retirar das estantes espíritas sim, as obras que não sejam espíritas, pois como eu disse a principio, embora sua ideia seja excelente, mas é muito difícil de colocar em pratica, e mesmo porque, não trariam outros proventos que não os lucros matérias, e como você mesmo afirmou, não deve ser esta a preocupação primeira dos espíritas, mas a de amealharmos os bens divinos,  pois estes são eternos.
Um forte abraço, meu amigo.

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