.

sábado, 26 de janeiro de 2013

SIMPLESMENTE KARDEC



Não devo, entretanto, omitir uma censura que me foi endereçada: a de nada fazer para trazer de novo a mim as pessoas que se afastam. Isso é verdadeiro e a reprovação fundamentada. Eu a mereço, pois jamais dei um único passo nesse sentido e aqui estão os motivos de minha indiferença.

Aqueles que de mim se aproximam, fazem-no porque isto lhes convém; é menos por minha pessoa do que pela simpatia que lhes desperta os princípios que professo.
Os que se afastam fazem-no porque não lhes convenho ou porque nossa maneira de ver as coisas reciprocamente não concorda. 

Por que, então, iria eu contrariá-los, impondo-me a eles?
Parece-me mais conveniente deixa-los em paz. Ademais, honestamente, carece-me de tempo para isto.

Sabe-se que minhas ocupações não me deixam um instante em repouso.
Além disso, para um que parte, há mil que chegam. Julgo um dever dedicar-me, acima de tudo, a estes e é isso que faço.

Orgulho? Desprezo por outrem? Oh! Não! Honestamente, não!
Eu não desprezo ninguém; lamento os que agem mal, rogo a Deus e aos Bons Espíritos que façam nascer neles melhores sentimentos. E isso é tudo.
Se retornam, são sempre recebidos com júbilo. Mas correr ao seu encalço, isso não me é possível fazer, mesmo em razão do tempo que de mim reclamam as pessoas de boa vontade, e, depois, porque não empresto a certos indivíduos a importância que eles a si próprios atribuem... 

(Allan Kardec)

0 Comentários:

Postar um comentário

<< Home