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sábado, 24 de março de 2012

Bioética, Biodireito e Microbiologia Médica


Luiz Carlos Formiga


Profissional de laboratório das Ciências Biomédicas, sempre mantive preocupação de que existe um paciente representado por um "tubo de ensaio", no exame de Microbiologia Médica. Embora manipulando material biológico, na retaguarda do tubo, existe uma pessoa. e a "pessoa", como diz Miguel Reale, "é o valor-fonte de todos os valores, sendo o principal fundamento do ordenamento jurídico".

O microbiologista clínico pode produzir informações vitais para o paciente e seu médico assistente, daí a necessidade dos Centros de Referência.

Tive a felicidade de ser convidado, na década de 1980 pelo governo da época, para criar um deles na UERJ ou UFRJ, logo após o doutoramento em 1979.

Professor nas duas universidades, escolhi a UERJ, embora nosso laboratório fosse mais modesto.

Em 1996 chegamos à aposentadoria, mas continuamos fazendo a reflexão bioética, até os dias de hoje. Este é o motivo desta comunicação.

Em 2010 submetemos à Sociedade Brasileira de Microbiologia, para publicação, o artigo na revista técnica que coloco anexo .(*)

Acredito que é texto inusitado, uma vez que são poucos os professores, na Faculdade de Medicina, que também são Pedagogos e Bachareis em Direito. Menor número, ainda, são os que tiveram a oportunidade de criar e coordenar um Centro de Referência.

Anteriormente disse que nos utilizamos do "antipático recurso da citação pessoal" e antecipei desculpas. Consideramos que experiência vivida não pode ser transmitida; que inexistem duas trajetórias idênticas e a ausência de duas aposentadorias iguais. Por outro lado, consideramos que existem fases na vida que podem generalizar-se e que os exemplos incentivadores são recentes e acessíveis. (**)

Disse também que "o crítico mais duro poderá dizer que não foi um gol muito bonito. Aí lembrei do presidente que se utilizava de exemplos retirados do futebol e deixamos falar o Mestre Dadá: “Não existe gol feio. Feio é não fazer o gol”.

Mesmo assim, que "possamos aceitar a crítica e a realidade de que não fizemos – ou somos – quase nada. Só não poderemos é deixar de resistir à tentação de não começarmos a trabalhar no bem."

Pelo exposto, conto com generosa divulgação para que possa chegar a maior número de pessoas, não apenas espíritas, que estão interessadas na Bioética e no Biodireito.


(*) Uma versão foi também disponibilizada para os estudantes das Ciências Jurídicas no link abaixohttp://www.oconsolador.com.br/ano5/235/especial.html


(**) Educação na idade dourada.



Um “Centro de Referência” na UERJ. Prevenindo demandas judiciais. http://jus.com.br/revista/texto/17015

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