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quarta-feira, 11 de novembro de 2009

CARTA DE UM HOMOSSEXUAL PARA JORGE HESSEN



Prezado Sr. Jorge Hessen,
Li o seu artigo sobre a homossexualidade no O Imortal de janeiro e me identifiquei com as suas posições. Apesar de não ter profundos conhecimentos da doutrina espírita, gostaria, se possível, de esclarecer algumas questões com o senhor. Pelo que eu entendi da posição do senhor, a relação homossexual deve ser aceita pela doutrina espírita. Mais do que isso, ela deve ser tratada como a relação heterossexual. E isso também em relação à prática sexual: a prática equilibrada tanto na relação heterossexual quanto na homossexual é não só permitida como querida, já que "O sexo é uma fonte de bênçãos renovadoras do corpo e da alma”. O que não é permitida é a promiscuidade, etc. É correta essa minha interpretação? Além disso, tenho visto também declarações a respeito da homossexualidade do Divaldo Franco. Eu não consigo entender a posição dele, pois ele considera a relação homossexual como sendo aceita e normal, mas a prática do sexo homossexual levaria a conseqüências negativas, que seriam levadas posteriormente. Ora, se a relação é "normal", "natural", porque haveria a proibição do sexo nessa relação homossexual? Agradeço desde já a atenção do senhor, a sua ajuda será muito importante para enfrentar essa dificil questão. Obrigado! Al......

Caro Al......,
Muita paz!
Obrigado pela atenção carinhosa.
Identifico suas interpretações como corretas , e sobre a questão de proibições de ralacionamento sexual em qualquer circunstância, seja com quem for opto sempre pela assertiva emmanuelina. Considero mais sensata: Vejamos o que ele explica na introdução do livro Vida e Sexo: " em torno do sexo [prática sexual], será justo sintetizarmos todas as digressões nas normas seguintes: Não proibição, mas educação. Não abstinência imposta, mas emprego digno, com o devido respeito aos outros e a si mesmo. Não indisciplina, mas controle. Não impulso livre, mas responsabilidade. Fora disso, é teorizar simplesmente, para depois aprender ou reaprender com a experiência. Sem isso, será enganar-nos, lutar sem proveito, sofrer e recomeçar a obra da sublimação pessoal, tantas vezes quantas se fizerem precisas, pelos mecanismos da reencarnação, porque a aplicação do sexo, ante a luz do amor e da vida, é assunto pertinente à consciência de cada um."
Caro irmão, não sei o que vai na intimidade de alguém que opta pela homoafetividade, pois minha natureza é heterossexual. Por essa razão quem sou eu para ajuizar o que é certo ou errado no mundo homoafetivo, no que tange a relacionamento sexual? Tenho muito receio daqueles que interpretam a intimidade sexual do outros como supostamente pura ou impura, sublimada ou animalizada!! equilibrada ou destrambelhada!!!
Quem tem autoridade para aferir a intimidade do próximo?
NINGUÉM! detém essa chancela na Terra.
Abraços com votos de saúde e paz.
Fraternalmente,
Jorge Hessen

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